O Dinis teve a sua primeira experiência em Hipoterapia no passado dia 21-12-2011 no Centro Equestre da Leziria Grande em Vila Franca de Xira (www.celg.pt)
A Equitação com Fins Terapêuticos é aplicada há muitos anos em crianças com disfunções neuromotoras a fim de complementar outras terapias.
A hipoterapia, terapia com cavalos, oferece-nos benefícios imediatos ao nível das funções do corpo – tónus muscular e amplitude de movimento.
Os resultados de alguns estudos revelam muitos aspectos que são positivos na prática da hipoterapia em crianças com lesões neurológicas no encéfalo que na maioria das vezes influencia de forma permanente o tónus muscular, reflexos e reacções de rectificação, bem como comprometimento no desenvolvimento e controlo motor, como é o caso do Dinis.
O desequilíbrio muscular pode ocasionar crescimento assimétrico dos ossos, contracturas, deformidades, escolioses, desequilíbrio na carga, luxação da anca, dor crónica e aumento da dificuldade na realização de actividades motoras básicas, como sentar, manter-se em pé e andar.
A fisioterapia auxilia a reduzir o impacto destes comprometimentos e simultaneamente melhora o alinhamento postural e habilidades motoras, fundamentais para o movimento e o brincar sem dor.
A hipoterapia (hippos, grego = cavalo) é uma vertente da Equitação com Fins Terapêuticos, onde o terapeuta utiliza os impulsos de movimentos tridimensionais próprios da marcha do cavalo para facilitar respostas motoras dos pacientes. Na hipoterapia, o cavaleiro não conduz o cavalo. A estimulação física pode ser oferecida através da variação dos movimentos do cavalo a passo e da variação do posicionamento do cavaleiro, bem como ao solicitar-lhe certos movimentos ou manter certas posturas enquanto o cavalo se desloca.
A hipoterapia é utilizada como uma estratégia em fisioterapia na qual o movimento do cavalo a passos é usado para melhorar a postura, o equilíbrio e a função. A hipoterapia tem sido usada há décadas no tratamento de várias patologias, entre elas, o tratamento de crianças com paralisia cerebral, bem como para condições musculoesqueléticas, esclerose múltipla, traumatismo cranioencefálico, atraso no
desenvolvimento, distrofia muscular e alterações sensoriais. O movimento recíproco do cavalo em andamento produz movimentos pélvicos funcionais no cavaleiro e a sensação de movimentos suaves e rítmicos feitos pelo cavalo melhoram a co-contração, estabilidade articular, divisão simétrica do peso, respostas posturais e de equilíbrio.
Durante a hipoterapia o andamento do cavalo é o passo, que se caracteriza por quatro batidas e um andamento basculado. O cavalo move cada membro separadamente e o cavaleiro recebe movimentos de cima/baixo na pélvis e flexão lateral da coluna lombar. A pélvis é projectada para frente e a coluna lombar roda diagonalmente. O ombro esquerdo e a anca direita vêm para frente, simultaneamente aos do cavalo (primeiro ciclo de balanço). Quando o cavalo põe
o membro anterior oposto no chão, começa o segundo ciclo de balanço, ou seja, o cavaleiro completa dois ciclos de movimento quando se completam quatro batidas no solo. O terapeuta controla o movimento do cavalo em termos de largura de passo, cadência, aceleração/desaceleração e direcção, a fim de facilitar a aprendizagem motora específica para a necessidade do cavaleiro.
Actualmente O Dinis é acompanhado em fisioterapia três vezes por semana, ensino especial três vezes por semana e hipoterapia uma vez por semana.
Os principais objectivos destas três terapias que se complementam entre si, é a procurar uma melhoria de controlo postural para realização de actividades e facilitar os cuidados de vida diária.
Os objectivos gerais de todas as terapias interligadas entre si médio/longo prazo em será a normalização do tónus muscular, a melhora do equilíbrio e reacções de rectificação, tornar eficaz a reacção de extensão protectiva, desenvolvimento da dissociação de cinturas, incentivar a comunicação e promover a coordenação global e os ajustes posturais antecipatórios.
Os objectivos a curto prazo incluem o aumento da amplitude de movimento articular para facilitar as actividades de vida diária e a participação da criança; maior funcionalidade dos membros inferiores e superiores e melhor controlo do movimento e planeamento motor.